Blogue destinado às actividades da disciplina de Língua Portuguesa na turma CEF 1 de Instalação e Operação de Sistemas Informáticos da Escola Básica e Secundária Dr. Pascoal José de Mello - Ansião
1. Vamos hoje ler e interpretar textos poéticos que, para além de terem uma intenção comunicativa, divertem!
Comecem por ouvir a leitura do poema de Alexandre O'Neill, realizando depois em grupos de dois a vossa própria leitura expressiva e dramatizada, tendo por modelo a leitura da professora e adoptando estratégias adequadas aos contextos criados no poema.Para tal, descarreguem esta ficha de trabalho, cuja restante resolução será orientada pela professora.
A aula de hoje vai ser dedicada aos trava-línguas e à exploração das suas características enquanto texto poético e expressivo.
Para tal, proponho-vos as seguintes actividades:
1. Consultem os links sobre trava-línguas na barra lateral (Links úteis), seleccionem um ao vosso gosto e preparem a sua leitura (e memorização, se possível) para posterior apresentação à turma e inferência das características deste tipo de texto.
2. Leiam os trava-línguas que se seguem, da autoria de Teresa Guedes (Palavromanias, Porto Editora), e respondam ao questionário sob orientação da professora.
Na Primavera um próspero ponto pronto a partir na hora de ponta para uma premeditada ponte, pranta-se num pranto pungente, porquanto na ponta do próprio ponto há uma porção propícia a um ponto. Propus-lhe pressuroso e prestativo: - Precisas pontear essa ponta; procura na prateleira uma presilha para prender a pretensão a essa proeza prestes a provocar um problema de pontuação.
Prega na ponta prevaricadora do ponto uma prega pontuda para... - Mas qual ponto? O ponto de vista, o ponto da uma em ponto, o ponto de partida ou ponto de açúcar em ponto? - Pronto! Parágrafo! - proferiu prontamente o ponto do ponto final.
POEMA DA CONSOANTE
No sambódromo saltitam solas, sinos, sinetas, sainetes, sombrinhas, sonhos, suspiros, sorrisos, sustos. Stop! Socorro! As solas sumiram com solos em sol e em si do solista do saxofone, para solos sediados de semifusas, semicolcheias, sapateado, swing, sinatras.
Sim?! E se... safa! Safem, subornem, suprimam os SSSSSSSSSSSS... senão... Sim?! E como sacias a _ede? E como _orves o _uminho? E _aboreias o _orvete, a _anduiche, o _alame, a _alsicha? E _acodes o _ono e o _uor e _aracoteias a tua _aia neste _ururu de _andálias e _apatinhas? Schiu, seu S snob e sabichão! Se não sossegares com a serpentina do silêncio aos SSSSSSSSS com uma sapatada e um safanão.
3. Expressão escrita: em grupos de dois, escolham uma consoante do alfabeto à excepção do p e do s, façam uma lista de palavras em que a consoante esteja presente e construam um texto criativo, recorrendo à aliteração, a diferentes classes morfológicas e a diversos tipos de frase.
Sistematização
Definição de trava-línguas
Os trava-línguas são pequenos textos, em prosa ou em verso, que desafiam o seu emissor a dizê-los depressa, o que se torna difícil, mesmo para adultos,devido à sucessão de sons das palavras com que se realizam oralmente. A repetição da mesma consoante cria um efeito denominado aliteração. Se forem ditos muito depressa, é quase impossível pronunciá-los sem tropeçar. Alguns dos trava-línguas tradicionais não têm outro significado senão o da dificuldade da articulação ou da repetição da mesma letra.
Este tipo de texto insere-se na categoria das formas poético-líricas da literatura tradicional de transmissão oral, com notórias influências na actual poesia infantil.
Além de serem um desafio educativo e lúdico para crianças de todas as idades, são bons exercícios de dicção nas escolas de teatro. Promovem a perspicácia, a concentração e a memória através do contacto com a riqueza fonética das palavras.